Somos um país de extremos!

Sempre que vou almoçar a casa dos meus pais, durante a semana, passo por uma rua que tem duas escolas... convém referir que não são escolas primárias... uma é de ensino preparatório (dos 10 aos 15 anos) e outra de ensino secundário (dos 15 aos 18 anos). Sempre que vou mais tarde (como hoje), depois das 13h00, apanho os meninos a sairem das escolas... umas vezes lembro-me e vou por outro caminho, mas muitas vezes esqueço-me e lá me vejo metida no meio do trânsito... é que se fosse só os meninos não era mau... o pior (ou não) é que os paizinhos e tudo quanto é carrinha de tempos livres vão buscar os meninos literalmente à porta das escolas.
Resultado: uma rua cheia de trânsito parado, com uma fila de não-sei-quantas dezenas de kilómetros, porque nem os meninos não podem andar meia dúzia de metros a péd, nem os paizinhos ou as carrinhas de tempos livres podem estacionar convenientemente nos bastantes lugares livres junto às ditas escolas.
Enfim... somos um país de extremos (em muitos aspectos)... enquanto uns deixam os filhos sózinhos em casa a dormir e jantam relaxadamente num qualquer restaurante das imediações (e não me venham dizer que era por serem ingleses, porque de certeza que também os há portugueses) outros há que, dominados pelo pânico* (?), se pudessem, estacionavam à porta da sala de aula para não perderem o seu rebento de vista.

No meu tempo, não era nada assim, mas isso dava outra história...

*que neste caso é sinónimo de puro comodismo e preguicite aguda